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O chuveiro

Atualizado: 16 de mar. de 2022

Um dos meus cenários favoritos é o chuveiro. Toda fanfiction e todo livro precisa conter uma cena debaixo do chuveiro, pelo menos uma, para garantir minha marca registrada. Depois de uma conversa legal no grupo do Wattpad, decidi fazer uma coletânea de cenas no chuveiro, das mais suaves às mais picantes.

Alerta 01 - SPOILERS. Todas as cenas podem conter spoiler das minhas histórias. Se não se importam, leiam para instigar a curiosidade :)

Alerta 02 - CONTEÚDO IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS. Eu escrevo livros eróticos, então as cenas são muito descritivas. Se você tem menos de 18 anos, não prossiga na leitura. Obrigada.

CENA 01 - FALLING (Fanfiction da série Hush Hush)

Resumo: Nora e Patch estão em uma cabana na praia e ele recuperou sua sensibilidade. Então... 

Patch levantou-se e foi até o banheiro. Eu tinha certeza que aquele comentário não foi apenas para me informar de suas intenções – era, na verdade, um convite. Recolhi a louça, coloquei tudo na pia, lavei os pratos, organizei a cozinha. Ouvi o chuveiro ligar, e considerei o que eu deveria fazer. Era um pouco ridículo pensar que eu tinha vergonha de encontrar-me com ele no chuveiro, como se ver o corpo nu de Patch fosse um tabu que eu precisasse enfrentar. Olhar para ele deveria ser natural o bastante, se nós pretendêssemos continuar com aquilo por muito tempo. E eu pretendia.

Pendurei o pano de prato, e caminhei com determinação até o banheiro. Abri a porta que estava só parcialmente encostada e peguei Patch sob a água que caía. Ele estava mais uma vez de costas para mim, só que sem a sunga preta. Os dois braços apoiados no azulejo do box, sustentando o peso de seu corpo. Seus cabelos escorriam pelo pescoço como água negra. Ele estava gostando muito, daquilo.

— Pensei que precisaria ir te buscar. – Patch disse, sem virar-se. – Lembra-se que nossa segunda escolha seria o banheiro? Se você quiser repetir todas as opções, precisamos continuar o plano.

Ah, eu queria repetir qualquer coisa, com ele. Livrei-me sem qualquer dificuldade da camisola de urso e abri a porta de vidro que me separava de Patch – mesmo ainda estando com minhas roupas íntimas. Abracei-o por trás, passando a mão espalmada por seu peito, parando em sua barriga perfeitamente definida.

— Esse box é muito pequeno. – Reclamei. Patch deu uma risada, e virou-se para mim, já me tomando em suas mãos.

— Tem um tamanho suficiente.

Ele me beijou outra vez, e parecia bem mais urgente do que na noite anterior. Eu não sabia se ele tinha pressa, com medo da sensação ir embora, ou se ele estava mesmo faminto. Nossos corpos deslizavam por causa da água do chuveiro, e o cheiro de sabonete completava o clima. Sem para de me beijar, Patch segurou-me nos braços e me ergueu. Tão logo enlacei seus quadris com minhas pernas, senti-o escorregar para dentro de mim. Surpreendi-me com a facilidade com que nossos corpos se uniram daquela vez, sem qualquer atrito. Ele me empurrou de encontro aos azulejos, mudando de posição, enquanto investia com alguma violência contra mim. Sim, Patch estava urgente, e aquela atitude combinava com ele. Era difícil imaginá-lo suave, romântico, comedido. Patch deveria ser bruto.

E ele estava sendo, naquele momento. Sua boca em meus seios, suas mãos em minha carne, a forma como ele ia e vinha com força e intensidade; tudo me levava a crer que ele estava despejando toda a sua ansiedade em meu corpo. Mas não era ruim. Era uma experiência diferente das duas anteriores, uma experiência que significava Patch e seus sentidos. Ele não estava fazendo nada para me agradar, apenas; ele estava fazendo aquilo que ele queria. Sexo violento.

Da mesma forma que o orgasmo deveria ser violento. Eu já tinha desistido de me constranger pelos meus gemidos; principalmente porque ouvi-lo foi muito mais excitante. Ele levou alguns instantes parado, os músculos contraídos, a respiração acelerada. Depois, soltou-me subitamente, e minhas pernas desabaram no chão, vacilantes, trêmulas. Desconectamo-nos, e imediatamente senti aquela sensação ruim de ausência. Ele apoiou o corpo nos braços, mais uma vez, enclausurando-me no espaço entre seu corpo e os azulejos da parede. Seu coração batia rápido demais, mas ele não falou nada. Seus olhos líquidos me davam a medida exata do que ele estava sentindo, e somente aquilo me fez saber o quanto ele estava gostando.


CENA 02 - SEQUESTRADOS (livro)

Resumo: Depois de um dia na selva, Abbey e Romeo deparam-se com convidados inóspitos em suas calças. Olhei com desgosto para as sanguessugas que estavam grudadas na parte interna da minha coxa. Molhando o piso do banheiro, peguei o maço de cigarros de canela que estava destruído no meu bolso traseiro e acendi um. Ainda estavam meio úmidos mas foi suficiente para queimar os bichos e tirá-los de mim. Enquanto lavava a cabeça e limpava as marcas dos parasitas de mim, ouvi vozes. Uma voz.

Por que enrolei-me correndo na toalha e saí do banheiro às pressas, empunhando uma pistola automática, não sei. Algo no tom da voz me fazia acreditar que a pessoa estava desesperada. Eram alguns palavrões e eles vinham do reduto de perdição de Romeo Bianchi, do lado de fora da casa. Não me incomodei. Ele poderia estar em perigo. Deveria haver algum predador que invadiu o perímetro e o ameaçava. Não havia nenhum indício de acionamento do alarme, mas parecia a hipótese mais razoável.

Entrei na barraca apontando a pistola e procurando o animal selvagem que eu deveria encontrar por ali.

— Céus, detetive!

A figura pálida de Romeo Bianchi preencheu por completo meu campo de visão. Ele estava no chuveiro exclusivo em sua barraca, completamente nu, e me encarava perplexo. Cobriu-se rapidamente com uma das mãos enquanto a outra procurava uma toalha. Seus olhos fixaram-se nos meus, mas os meus não conseguiram parar nos dele. Estavam por toda parte, admirando com deleite a escultura humana que se apresentava diante de mim. Romeo tinha a pele clara e estava levemente marcada pelo sol - por ocasião do nosso passeio até a fronteira. Não havia nenhum centímetro fora do lugar. Seus músculos eram proeminentes sem exagero, delineados como se tivessem sido desenhados à mão. Mesmo depois que ele enrolou a toalha nos quadris continuei hipnotizada. Precisei de vários segundos para falar alguma coisa.

— Sr. Bianchi, o que está havendo aqui? Ouvi gritos.Tentei explicar minha presença antes mesmo que ele me perguntasse algo.

— Não foram gritos, foram protestos. — Ele desligou a água do chuveiro. — Eu encontrei alguns… algumas coisas quando entrei no chuveiro e me feri ao tentar tirá-las.

— Você puxou as sanguessugas com a mão?Questionei, finalmente notando que havia sangue escorrendo pela parte interna de sua perna direita.

— O que você queria que eu fizesse; aquelas coisas, elas…

— Sr. Bianchi, passamos algum tempo dentro d’água e elas devem ter entrado por nossas roupas. Nunca tinha visto sanguessugas antes, eh?

Ele meneou a cabeça de um lado para o outro. Provavelmente não gostava de ser ignorante em nenhum assunto. Mas como poderia mesmo saber? Apenas quem era acostumado àquele tipo de realidade lidava diariamente com animais parasitários nativos de florestas tropicais.

— Não deve retirá-las com a mão. — Ajeitei o nó que mantinha minha toalha no lugar. — Pegue algo que possa queimá-las para que elas saiam. Tem algum cigarro por aqui? — A resposta negativa era óbvia. — Bem, eu vou buscar um para você. Queime uma a uma e espere que elas caiam. Não se preocupe com as feridas que ficarão por causa das que já arrancou à força; é apenas um arranhão. Não causam nenhum mal.

Eu ainda tinha xampu na cabeça e meu coração batia fora de ritmo quando retornei à barraca de Romeo com um cigarro novo acesso. Traguei algumas vezes para que o fogo pegasse definitivamente, e deixei-o para resolver aquele problema sozinho. Havia a tentação de oferecer ajuda. Mas era extremamente inadequado. Eu precisava de mais água fria.



CENA 03 - JOGOS DE ADULTOS (livro)

Resumo: Layla consegue ir com James para o andar de cima e eles têm uma noite intensa de sexo.

Acordei com James ainda adormecido ao meu lado e pude observá-lo em segredo. Era um homem que poderia facilmente ter servido de inspiração para Michelangelo, porque sua beleza não me parecia real. Estava deitado de costas, todos os músculos relaxados, sem nenhuma barreira artificial que me impedisse de admirar seu corpo, enquanto eu me consumia de vontade de passar a língua por ele inteiro.

Levantei-me e enfiei-me no chuveiro, desejando um banho que me apagasse o fogo. Nunca pensei que fosse uma mulher do tipo insaciável, mas ao lado de James era o que eu parecia. Andrew não despertava aquele monstro dentro de mim, mesmo que o sexo com ele fosse incrível. Deixei que a água me lavasse por completo, limpei o óleo de meus genitais com bastante dificuldade, porque eu estava totalmente sensível ao toque, e fiquei ali por vários minutos, relaxando. Até que a porta do boxe abriu e ele se juntou a mim.

— Ainda dá tempo de participar? — Havia humor em seu tom de voz.

— Eu já estava saindo, mas se quiser ajuda para se lavar… — Provoquei e ele me olhou com malícia.

— Está se sentindo melhor, hoje? Melhor do que da vez anterior?

— Muito melhor. — Confessei. O efeito do álcool já tinha praticamente desaparecido e meus pensamentos estavam mais claros novamente. Repousei a cabeça em seu peito e acariciei-o por trás. — Eu quis ficar sozinha com você, antes, mas me disseram que seria impossível ser escolhida por James Miller.

— Geralmente é. Mas eu também quis você, então deu tudo certo.

Ouvir aquilo foi reconfortante, porque eu tinha certeza que ele só estava comigo por causa do jogo com Andrew. Talvez ele estivesse jogando a maior parte do tempo, mas saber que ele me quis e que provavelmente teria me escolhido de qualquer jeito era notícia boa. Coloquei bastante sabonete líquido nas mãos e comecei a esfregá-lo, demorando-me um pouco mais nas partes que me agradavam. Logo James respondia ao meu toque com uma ereção. Enxaguei-o e não resisti, ajoelhei-me no boxe e coloquei-o em minha boca, da forma como eu adorava fazer.

Sexo oral no chuveiro era bom, molhado, com gosto de sabonete. Ele me deixou brincar de sugar a sua glande por bastante tempo, mas fez-me parar quando percebeu que o orgasmo se aproximava. Desligou o chuveiro, envolveu-nos em uma toalha macia e carregou-me de volta para a cama. Eu queria fazê-lo gozar, mas ainda estava tendenciosa a permitir que ele tivesse o controle.

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