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Entrevista com Alexei Simonov

Bom dia, leitoras e leitores!


Ele foi escolhido pela galera e o mês será todo dele. O russo Alexei Simonov, antigo presidente da FiberGen, maior empresa de tecnologia do mundo, é o personagem de janeiro e, por causa disso, tivemos que nos virar em um horário para conseguir entrevistá-lo. 


Sim, porque ele, apesar de ter deixado a presidência da empresa, ainda é um homem muito atarefado, cheio de compromissos e com uma agenda impossível, gente! Foi complicado conseguir sentar com ele (inclusive porque ficar sentada na presença dele é difícil demais, imagine se não quis pular sobre o homem várias vezes?) para conseguir essa entrevista! 


Mas cá estamos, no sofá com Alexei Simonov.


Tatiana: Bom dia, Simonov. Estou vendo que você está com um estilo mais casual, abandonou os ternos de grife? 

Simonov (olhando para si mesmo): Agora que não sou mais um executivo, posso ser menos formal. Sem contar que um baixista de uma banda de rock não deveria vestir terno, não acha? 


Tatiana: Claro, eu acharia bastante esquisito. Vamos começar então pela banda. Como anda a carreira musical? 

Simonov: Vai bem, porque eu estou fazendo a segunda coisa que mais amo. Terceira, provavelmente. Espero que Giovanna não ouça essa entrevista.


Tatiana: Ela vai ouvir.

Simonov: Droga. Bem, eu faço uma das coisas que amo, viajo bastante e agora tenho fãs. Antes eu tinha pessoas que queriam me dar rasteiras, hoje elas se jogam aos meus pés. É uma mudança radical, que eu estou gostando. Tocar sempre foi uma paixão. 


Tatiana: E as viagens não são cansativas? Muito tempo longe de casa… aliás, ainda moram em Vitória, certo? 

Simonov: Temos três casas, uma em Vitória, uma em São Paulo e outra em Moscou. Como temos as crianças, Giovanna achou melhor termos nosso próprio espaço ao invés de ficarmos em hotel. Eu viajo bastante, mas ela viaja ainda mais. Somos itinerantes. 


Tatiana: E as crianças, vão com quem? 

Simonov: Com quem você acha? (Ele pigarreia) Quase sempre comigo (risos). Giovanna é uma mãe maravilhosa, ela leva as crianças quando pode. Eu levo quando posso. A gente reveza, como sempre foi com Alexandra. 


Tatiana: E o segundo filho é um menino, certo? 

Simonov: Sim, Antonio. Quisemos um nome italiano, dessa vez. 


Tatiana: E, mesmo com essa correria toda, você não sente falta de ser um alto executivo da tecnologia? 

Simonov: Às vezes bate uma nostalgia, sabe? Mas eu gosto das coisas como estão. Sou um homem que, quando toma decisões, geralmente toma as decisões que sustentará pela vida toda. Sem contar que Giovanna é a comandante do avião, mesmo, ela sempre foi. Os meus diretores… meus antigos diretores comem na mão dela (risos). 


Tatiana: Agora vamos a uma pergunta pessoal. Nós percebemos que vocês dois tinham uma química impressionante. Depois de tanto tempo de casados, com dois filhos, um bebê ainda, como vai o relacionamento de vocês? (dou umas piscadelas para ver se ele entende onde quero chegar)

Simonov (pigarreia): Bem, tudo que vocês viram continua como era. Nós ainda somos bastante ativos e bem empolgados, se me entende.


Tatiana: Ô se entendo! Giovanna é uma mulher de sorte. 

Simonov: Na verdade, eu que tenho sorte de tê-la, não acha? 


Tatiana: Vamos considerar que os dois são sortudos, que tal? Vocês são tão parecidos, isso não causa conflitos? 

Simonov: Nenhum conflito, ela toma as decisões finais quase todas. Eu continuo um homem de negócios, sei quando retirar meu exército da guerra – quase sempre. 


Tatiana: E como vão seus irmãos? 

Simonov: Ah, vão bem. Continuamos muito unidos, agora estou mais próximo de Irina. Dmitri e Pedro se casaram e estão na fila de adoção de uma criança. Eles preferiram assim, estão muito felizes. Pedro montou um restaurante para ele e vem fazendo sucesso. E Irina e Anatoli decidiram ter um filho, agora, ela está grávida.


Tatiana: Que ótima notícia! Já quero visitar o restaurante de Pedro. Agora vamos a um bate-pronto? Farei perguntas rápidas e você responde com poucas palavras, tipo “De frente com Gabi”. 

Simonov: Quem?


Tatiana: Só responda, ok? (ele concorda com a cabeça) Vamos lá: praia ou montanha?

Simonov: Praia, sempre. 


Tatiana: Uma cor? 

Simonov: Amarelo. Mas não conte para ninguém.


Tatiana: Meio tarde demais, não acha? (risos) Filme?

Simonov: Duro de Matar, todos.


Tatiana: Quem diria! Música?

Simonov: Rock, em geral. Enter Sandman, do Metallica, é minha favorita.


Tatiana: Uma qualidade?

Simonov: Perseverança.


Tatiana: Um defeito? 

Simonov: Eu não tenho. (risos. Quase sou obrigada a concordar com ele) Brincadeira, mas pode ser cabeça-dura. 


Tatiana: Eu não te acho cabeça-dura. Maior arrependimento? 

Simonov: Envolver-me com Ilia Pavlov. 


Tatiana: Esse é um assunto delicado. Maior conquista? 

Simonov: Essa é muito fácil, não acha? Giovanna Viola. Se bem que eu não posso dizer que a conquistei, foi meio que o contrário. 


Tatiana: Homem, você é perfeito assim mesmo? Porque sério, não pode ser real.

Simonov: Mas eu não sou real. Você me criou assim, esqueceu? E não sou perfeito, tenho um monte de questões mal resolvidas na vida. 


Tatiana: O que você faz para se divertir? Não vale dizer tocar baixo.

Simonov: Quando estou em Vitória, vou à praia. Quando estou em São Paulo, vou a museus e teatros. Quando estou em Moscou, prefiro ler.


Tatiana: Uma inspiração?

Simonov: Meu irmão, Dmitri. Ele é meu maior exemplo. 


Tatiana: Onde você se vê daqui a 5 anos? 

Simonov: No mesmo lugar, porém me vejo realizando mais coisas. Mais shows, mais tempo com meus filhos, que poderão ir comigo sempre porque estarão mais velhos, mais conquistas. 


Tatiana: Uma mania?

Simonov: Organizar minhas gravatas por cor. 


Tatiana: Sério? Você tem TOC? 

Simonov: Com coisas que não seguem uma organização por cor? Talvez. 


Tatiana: Prato preferido? 

Simonov: Qualquer coisa que Pedro fizer (risos). Eu aprendi a gostar de massa italiana, seja por causa do meu chef na família ou por causa da minha esposa italiana. 


Tatiana: Para encerrar, você tem medo de perder? De fracassar?

Simonov: Já tive muito. Hoje eu acredito que não tenha mais como fracassar, já consegui sucesso em praticamente tudo em que me aventurei. Isso me deixou meio imune ao medo, eu simplesmente me jogo de cabeça. 


Tatiana: Obrigada pela entrevista, Simonov. Foi um prazer conhecer um pouco mais de você. Onde poderemos te ver tocar, quando será seu próximo show? 

Simonov: Estamos planejando uma pequena turnê pelo país. Aguardem, mas devemos começar mesmo por São Paulo. 


Não é fácil deixar esse homem sair, porque eu passaria o dia inteiro conversando com ele. Quem sabe não me convidam para um churrasco qualquer dia desses? Beijos e obrigada por nos assistirem!

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